O preconceito existe desde antes do ser humano organizar-se em
sociedade. Os mais fracos eram subjulgados, poderiam ser enfrentados,
pois afinal, havia o pré-conceito de que seriam derotados, e eles eram.
Hoje o preconceito evoluiu e está em todos os campos. É contra raça, religião, sexualidade, enfim, contra tudo que é diferente.
Eu digo que um dos meus maiores preconceitos é contra pobre sujo.
Calma aí, primeiro entenda o que eu quero dizer. Pobre sujo é aquela
pessoa que não se importa de ser pobre, mas não gosta de ser pobre, se
acha mais importante que os outros pobres e não faz nada para melhorar, e
o mais marcante, não cuida direito dos filhos. Esse tipo de pessoa é
abominável e deveria ser tratada pior que barata, pior que lixo. Eu
enojo e sinto raiva quando vejo um, sim, eles são identificáveis, mas
como diz aquele clichê, isso é assunto para um outro post.
Por outro lado, existe o pobre limpinho, aquele que paga suas contas em dia, trabalha como cavalo para dar um futuro melhor para os filhos e é humilde. Esse eu invejo, pessoas assim, que pensam no próximo e trabalham para melhorar a vida são o brilho da raça humana.
Mas vamos à minha crítica preconceituosa que deu idéia ao texto.
No meu tempo o
nome era “malokeiros”, hoje são conhecidos como “vileiros”, conhece?
São aqueles vagabundos que não trabalham, exploram os pais para comprar roupas com excesso de pano e escutam Rap sem entender o que os rappers falam, típicos “rebeldes sem causa”.
Hoje, encontrei no Youtube um vídeo que pode ser considerado prova
cabal de que estes vileiros deveriam sumir da face da Terra. No fim do
post eu coloco o link para o vídeo que mostra algumas peças roubando um
cara em uma avenida do centro de Curitiba em pleno Domingo a tarde. Um
bando, pra variar, são covardes.
Continue lendo.
Acredito que um dos maiores erros humanos é a generalização, a visão
holística sobre os fatos. E o preconceito sempre tem essa visão
generalista sobre os grupos sociais, por isso, fico extremamente
chateado quando tenho a necessidade de ser preconceituoso para minha
própria segurança.
Por exemplo, quando vejo alguém com o “tipo” de “vileiro” vindo em
minha direção, atravesso a rua. É preconceito, mas eu não tenho como
saber se aquele indivíduo é igual ou não comparado aos que tem os mesmos
contumes.
Desculpe se te ofendo com o texto, se por acaso você ouve Rap, ou se
veste com roupas extremamente grandes do tipo “Querida encolhi as
crianças, mas as roupas não!”. Mas sem te conhecer eu carrego o meu
preconceito, ele é a minha defesa.