Atualmente a nossa sociedade encontra-se acometida
de uma série de mazelas que acabam interferindo e atrapalhando a vida de todos
nós. Mas de quem é a culpa pela corrupção, pela violência e etc. ?
Alguns dirão, a culpa da corrupção é dos políticos
que são corruptos e só pensam em se dar bem… Mas quem são os políticos se não
uma amostra da sociedade. Se os políticos são desonestos e corruptos são porque
a nossa sociedade é desonesta e corrupta. Muitos “cidadãos” quando tem uma
oportunidade querem se dar bem, mesmo de forma desonesta ou sem ética.
Outros dirão, a culpa do medo em que se vive é
devido a violência. E que a culpa da violência é da bandidagem que só pensa em
ganhar dinheiro de maneira fácil… Mas quem são os bandidos e assaltantes, se
não produtos de uma sociedade que diz que se tem que “ter” para ser feliz. Que
elege a posse de bens físicos, a aparência estética e o poder individualista
como sinônimo de sucesso, realização e felicidade. Assim, aquele que rouba ou
assalta, o faz, por que está buscando a sua felicidade, pois estando
insatisfeito ou marginalizado na sociedade, vê naquele meio, a forma de obter
aquilo que “tem que ter” para ser feliz.
Alguns poderão dizer que o pior mal da sociedade
são as drogas, sejam lícitas ou ilícitas. E terão razão, pois o efeito das
drogas é devastador, atuando de maneira nefasta, seja no indivíduo, na
família ou na própria economia…. Mas não é a própria sociedade que através de
falsos valores induz o indivíduo a se comparar com o outro e desta forma cria um
sentimento de incapacidade ou inferioridade que acaba levando-o a buscar nas
drogas a fuga deste estado. Ou ainda, que induz aos jovens a viverem o momento
de forma intensa e buscar através na bebida a superação de sua timidez para
conseguir ser aceito no grupo.
Muitos podem culpar os meios de comunicação de
massa (principalmente a TV) como grande vilão pelas mazelas de nossa sociedade,
e não deixam de ter razão, pois estes meios de comunicação acabam tendo papel
decisivo no desvirtuamento do verdadeiro sentido da vida, valorizam muito a
violência, a sensualidade, a aparência e os bens materiais, dando a entender
que “vale de tudo” na sua busca da “felicidade”.
Poderíamos continuar aqui relacionando um número
grande de mazelas existentes em nossa sociedade, mas este não é o objetivo
deste artigo, que pretende a partir do levantamento deste tema, fazer com que
você reflita, e torne-se cada vez mais consciente de seus pensamentos e de seus
atos, para que possamos construir uma sociedade mais justa e feliz, alicerçadas
em valores éticos e que valorizem tudo o que é mais sublime e elevado.
Pois acreditamos, que, por exemplo, se quisermos
mudar os políticos temos que mudar a nós mesmos, devemos mudar os indivíduos,
os cidadãos. Devemos começar esta mudança por nós mesmos, devemos estar
conscientes de cada pensamento e ato nosso e acabarmos de vez com a lei de
“querer levar vantagem em tudo”.
Que a violência é uma manifestação de quem perdeu o
referencial do que é viver e, de qual é o verdadeiro sentido da vida. Que os
meios de comunicação podem ser usados como uma ferramenta poderosa na mudança,
corrigindo esta inversão de valores.
Acreditamos que esta sociedade só poderá deixar de
ser doente se cada um de nós fizer a sua parte. Se cada um de nós for um agente
de transformação, procurando não se deixar levar pela aparência, pelos desejos
inferiores, pelo prazer físico e sim procurando fazer a sua parte, ser um
exemplo, procurando se espiritualizar e desenvolver um núcleo onde reine a paz
e o amor.
Desta forma queremos que você reflita sobre as
seguintes questões:
·
O que faz alguém mais feliz é o “ter” ou é o
“ser”(estar com a consciência tranquila e em paz)?
·
Qual é o grande objetivo da vida? Não seria o de
aprendermos, nos aprimorarmos, evoluirmos e transformarmos este mundo num lugar
melhor de se viver?
·
Se vivermos em harmonia com a natureza e com todos
os demais seres, não seríamos mais felizes?
·
Se não viveríamos melhor se controlássemos nossos
pensamento e atitudes, seguindo os ditames do nosso coração, valorizando a
solidariedade, o compartilhar, o amor?
·
Se cultivássemos a tolerância, a humildade, a
solidariedade, a caridade, o amor incondicional, não construiríamos um mundo
melhor?
·
Se fizemos parte de um todo, ao nos aprimorarmos e
melhorarmos a nós mesmos, não elevamos a humanidade?
·
Será que somos apenas seres físicos, e o que nos
interessa é só curtir os prazeres físicos, sem procurar trabalhara nossa
espiritualidade?
·
Será que não existe uma inteligência superior, um
Deus, um mundo invisível, um sistema de energia e ordem que se auto-gesta, se
auto-aplica e que do qual ninguém escapa?