Certamente o leitor já ouviu falar ou até já teve a experiência de ver a vida financeira afetar a sua vida afetiva e sexual. Num mundo em que cada vez se trabalha mais e tem menos tempo para cultivar os relacionamentos, as crises financeiras detonam crises amorosas e o interesse sexual, geralmente desaparece. Veja um depoimento real: “Amo muito minha esposa, mas a atual crise financeira abalou nosso casamento. Ela perdeu o interesse sexual por mim. Estamos há seis meses sem ter relações. Mesmo insistindo ela não queria. Ela até disse para procurar outra porque com ela não vai ter mais sexo. Me sinto profundamente infeliz e sei que minha esposa também está sofrendo…” .
Realmente, pode existir uma associação entre a perda de interesse sexual e a crise financeira. Pesquisas apontam que as mulheres são muito mais sensíveis a momentos de insegurança material e sua libido não é como a dos homens, que, quase sempre, “estão prontos para tudo”. Mas também acontece da crise financeira ser “usada” para justificar uma perda de interesse que já existia ou está se manifestando.
Outro depoimento: “Mesmo estando casados há 14 anos, meu marido e eu tínhamos relações pelo menos 2 vezes por semana. E sempre muito boas. Há cerca de um ano começaram os problemas. Ele está desempregado, vive fazendo “bicos”, muito deprimido e há meses não me procura na cama. Eu o procuro e ele diz que não tem “cabeça para sexo”… Esta é uma queixa bem comum entre casais que estão vivenciando um sério problema financeiro.
O que pode agravar mais ainda é uma “cobrança” constante do parceiro insatisfeito. Isso pode gerar uma aparência de perda de interesse irreversível, quando na verdade o amor e o interesse permanecem alí, apenas temporáriamente estancados. O sexo desempenha um papel crucial na vida das pessoas. Pesquisas apontam que mais de 80% dos casais acham que o sexo é uma base fundamental do casamento e cerca de 68% não vêem sentido em se manter casados se não tiverem sexo frequentemente. E a saúde financeira está mesmo ligada ao entusiasmo e interesse das pessoas por sexo. Segundo dados do governo norte-americano, mais de 75% dos divórcios ocorrem em situações onde as finanças do casal estão em sério desequilíbrio. Esse fator contribui muito mais para os divórcios do que a violência doméstica.
Conclusão que parece absurda: é mais fácil, provável e frequente a um casal, se separar por que a situação financeira e o sexo não andam bem, do que porque há abuso e violência dentro de casa. Fica a velha frase "Quando os problemas financeiros entram pela porta o amor sai pela janela"
Converse bem com seu(sua) parceiro(a) sobre tudo que relaciona com dinheiro. faça um pacto de economia, não gaste mais que ganha, evite desperdícios, faça tudo em conjunto e ás claras.