PMs não poderão mais socorrer vítimas de tiro, absurdo!
Resolução da Secretaria da Segurança Pública determina que fica restrita ao Samu a responsabilidade.
O governo municipal promete prestar atendimento médico em até 10 minutos
O coronel Luiz Carlos Wilke, diretor do Samu de São Paulo, vê a determinação de forma positiva pelo fato de o socorro ser prestado por profissionais adequados. Dos 1,2 mil casos atendidos diariamente pelo serviço, apenas 1% corresponde a ocorrências com ferimentos provocados por armas brancas ou de fogo. Por isso, Wilke acredita que a mudança não vai representar um aumento significativo na demanda do Samu.
“É muito melhor que uma pessoa com traumas graves seja atendida por um serviço de urgência especializado”, diz. O diretor do Samu é quem garante que os feridos não vão sofrer à espera de uma ambulância. “Todos serão atendidos em até 10 minutos.”
Especialistas em segurança pública, analisa positivamente a determinação do governo, já que em casos onde há irregularidades o policial dificulta o socorro para que a vítima morra e não possa testemunhar depois. Entretanto, sobre o perigo de esperar demais por atendimento e diz duvidar que o serviço seja tão rápido. “Não dá para deixar ninguém agonizando”,
Além da preservação da vida, a resolução da Secretaria da Segurança Pública tem como pano de fundo a adulteração das cenas de crime por parte dos policiais envolvidos na ocorrência. Proibir o socorro das vítimas é uma forma de impedir que a investigação seja prejudicada.
“Mas não basta. É preciso garantir que as cápsulas não sejam recolhidas e haja punição para quem faz isso, e não socorrer vítimas poderá haver muitas mortes"
opina Denilson Forato.