quarta-feira, 22 de abril de 2015

Melhore seus relacionamentos!

Todos queremos nos relacionar melhor com as outras pessoas. Embora, às vezes, isso seja extremamente embaraçoso para certas pessoas! Não seria ótimo se soubéssemos alguns princípios simples que nos permitissem experimentar mais relacionamentos satisfatórios.
As 10 dicas abaixo oferecem conselhos básicos que você pode começar a aplicar desde já.
1. Lembre que por mais irracional que alguém esteja agindo, seu comportamento provém de uma intenção positiva. Quando você 'age como se' todo comportamento tivesse uma intenção positiva por trás dele, ao descobri-la, a sua vida se tornará mais agradável. Um exemplo: você encontra uma pessoa furiosa e pensa como ela é infantil e tola. Mas se você se perguntasse "qual seria a intenção positiva por trás do comportamento furioso dessa pessoa?", você poderia propor algo útil que lhe permitiria se sentir mais confortável. Por exemplo, as pessoas, às vezes, agem com raiva porque, por trás disto, elas acreditam que esse comportamento irá protegê-las.
2. Quando você se sentir desconfortável numa interação, 'obtenha alguma perspectiva', se dissociando. No olho da sua mente, veja você e a outra pessoa interagindo, como se você estivesse vendo o filme desta situação.
3. Coloque-se na pele da outra pessoa. Esse é um dos métodos mais poderosos para adquirir sabedoria nos seus relacionamentos. Para começar, imagine você e a outra pessoa se comunicando, perceba como ela fala, observe as expressões faciais dela, etc. Você então ‘se coloca na pele dela’ e vê através dos olhos dela e ouve através dos ouvidos dela. Então, evidentemente, você estará olhando para você mesmo! Repita rapidamente uma conversa que você teve anteriormente e que poderia ter sido melhor. Perceba 'você mesmo' e torne-se consciente de como ver as coisas através da perspectiva dessa outra pessoa lhe dá novos insights para o relacionamento.
4. Que suposições você está fazendo sobre a outra pessoa? Você está disposto a desafiar essas suposições? Escolha uma. Qual é o oposto dela? Por exemplo: preconceituoso x liberal. Agora se imagine interagindo com a pessoa nessa nova atitude.
5. Entre no contexto ’NÓS’. Pense sobre uma pessoa com quem você quer se relacionar melhor. Dissocie-se: imagine através do seu olho da mente, os dois interagindo. Agora se permita descobrir um propósito comum entre vocês dois. Evidentemente, se você não puder propor alguma coisa, poderá sempre recorrer ao fato de que são apenas dois seres humanos tentando experimentar mais felicidade.
6. "Crie uma imagem engraçada" do seu chefe (ou daquele colega irritante): muitas pessoas experimentam dificuldades na comunicação com o seu chefe. Muitas vezes é devido ao fato dele ser muito sério. Pois aqui está uma maneira simples e rápida de injetar o antídoto: diversão! Certo, agora imagine o seu chefe ou outra pessoa. Depois perceba as feições dele. O que se destaca? É o nariz dele, os olhos, as sobrancelhas, o queixo? Agora, simplesmente exagere essas características, como faria um caricaturista. Exagere e "brinque" de uma maneira que lhe faça rir ou, pelo menos, se sentir melhor em relação ao relacionamento.
7. Não há fracasso, apenas feedback (ou experiências de aprendizado). Uma maneira realmente útil para fazer mudanças benéficas é enxergar tudo como uma experiência de aprendizado. Pense sobre um relacionamento que você ache desafiador, perceba como você usualmente responde à outra pessoa e então pergunte-se: "De que outra maneira eu poderia responder?" De quantas maneiras diferentes você poderia responder nas suas interações? Proponha pelo menos três possibilidades. Isto permitirá à sua mente gerar maior flexibilidade no comportamento.
8. Muitas vezes, quando experimentamos dificuldades nos nossos relacionamentos é porque nos focamos nos defeitos. Isto altera a nossa percepção do relacionamento geral, que é realmente uma mistura de boas e más qualidades. Para voltar a focar a nossa atenção no quadro global, comece a lembrar das qualidades que você admira na outra pessoa. Sugira três, faça uma imagem delas, aumente o tamanho e as coloque em volta da imagem das qualidades ‘defeituosas’ da pessoa. E lembre-se da intenção positiva – dê uma olhada de novo na dica número 1!
9. Qual seria a consequência de permanecer preso na mesma relação dinâmica com uma determinada pessoa, digamos por 25 anos a partir de agora?! O fato é que se você quiser experimentar melhores relacionamentos, VOCÊ terá que mudar os seus pontos de vista ou a sua atitude. Está bem, isto pode ser bastante simples. Imagine-se entrando no futuro, 25 anos a partir de agora e, ao olhar para trás, para este relacionamento, perceber que o relacionamento permaneceu no mesmo padrão preso, ano após ano, durante 25 anos! Olhando-o dessa forma, agindo como se isso pudesse realmente acontecer, permita que apareçam seus sentimentos, que o fariam dizer: "basta, eu PRECISO mudar!"
10. Pense em alguém com quem você gostaria de se relacionar melhor. Escolha alguém meio "problemático" e depois leia devagar a seguinte pergunta: Não é verdade que todos os problemas que nós experimentamos quando nos relacionamos com outra pessoa é devido aos NOSSOS sentimentos? E se tivéssemos que mudar os nossos sentimentos? Isso poderia tornar as coisas mais fáceis, não é?
Se você quiser experimentar relacionamentos mais satisfatórios, terá que adquirir algumas perspectivas novas. Aplicar um ou mais dos métodos acima irá ajudá-lo a alcançar isso mais facilmente!

A Indignação!


Acredite ou não, clientes furiosos representam o seu potencial mais elevado de receita.
Aqui está como conquistar seus corações.
A não ser que sua empresa seja perfeita, afortunada ou ambas, você e sua equipe tem sido confrontados com clientes furiosos que fazem ameaças, exigem devoluções ou esperam que tudo que eles querem seja possível. Os vendedores na linha de frente tremem de medo dos clientes furiosos, o que é compreensível, pois muitas vezes, eles não estão preparados para lidar com o problema. Mas os gerentes deveriam apreciar a oportunidade de cativar até mesmo o cliente mais furioso. Isso pode soar contrário à sua intuição, porém existe um potencial muito maior para incrementar os negócios e a fidelidade quando o cliente está furioso do que em qualquer outro momento durante o processo de venda e serviço. Isto porque o cliente ficará muito bem impressionado se você manejar a situação para a satisfação dele.
O truque é cortar completamente a raiva para descobrir a solução. Se você é o presidente ou um atendente do serviço ao cliente, siga essas quatro etapas para acalmar a indignação do cliente.
1. Ajude-o a desabafar.
Quando alguém está perturbado, ele só consegue pensar nisto. Se você não reconhecer e tratar primeiro da emoção, nada mais que você fizer terá efeito.
Tradicionalmente, os funcionários são treinados para permanecerem calmos e escutar o que o cliente tem a dizer. Mas quando você permanece calmo, provavelmente o cliente vai pensar que esse incidente é algo que acontece o tempo todo, que você sabe que existe um problema persistente e não está tentando resolvê-lo.
Do contrário: fique incomodado a favor do seu cliente! Demonstre estar chocado, horrorizado e espantado. Eleve a sua voz para combinar com o tom do cliente, trate a situação como uma emergência e repita as palavras chaves do cliente. Por exemplo: "Você foi cobrado duas vezes pelo mesmo item? E você telefonou três vezes e ninguém corrigiu o problema?" Ao exprimir isso de maneira enfática, você dá a impressão de que esse problema em particular é uma exceção em vez de ser a regra. E o mais importante, ele passa a enxergá-lo como seu advogado: a confiança dele no seu desejo e na sua capacidade de solucionar o problema irá aumentar, e a raiva dele irá diminuir.
2. Descubra o que ele quer.
Logo que o cliente se acalmar e que você tenha entendido inteiramente a situação do ponto de vista dele, é hora de descobrir o que ele quer ou precisa.
Porém vá com cuidado. Uma afirmação como "Então, o que é que você quer que eu faça?" pode jogar o cliente de volta à disposição negativa ou acusatória. Pelo contrário, ofereça algumas opções e pergunte qual a que melhor satisfaz as necessidades dele. Por exemplo: "Então, para economizarmos o seu tempo, eu sugiro duas opções: ou creditamos na sua conta agora mesmo ou usamos isso na compra que você está fazendo hoje. Qual é a melhor opção para você?"
3. Ofereça algo especial.
Você resolveu o problema original. Agora é a sua chance de reabilitar a imagem da empresa e você se empenhar para conseguir a fidelidade do cliente. Isso pode ser desafiante, porque enquanto falar com cliente é um evento comum para muitos dos vendedores, fazer uma reclamação é um evento raro para a maioria dos clientes. Você tem que fazer o cliente se sentir como se isso tudo fosse uma oferta especial só para ele.
Naturalmente ajuda se você sabe quais são as suas escolhas. Isto é fácil quando você é o chefe. Entretanto, a menos que os seus vendedores na linha de frente estejam equipados com algum poder de decisão ou uma lista de opções que podem utilizar, eles terão que encaminhar o cliente para um nível acima na organização.
Quando estiver apresentando a oferta, faça-a como se você estivesse dividindo um segredo. Por exemplo: "Eu na realidade não deveria fazer isso, mas como você teve que nos telefonar três vezes, eu gostaria de compensá-lo oferecendo lhe um mês de graça."
4. Fomente o relacionamento.
Você acabou de convencer o cliente que fazer negócios com você é uma experiência positiva, mesmo quando problemas ocorrem. Até agora o seu trabalho foi feito. Prepare o futuro ao sugerir a ele como evitar que problemas similares ocorram (presumindo que o cliente contribuiu para o início do problema). Finalize a chamada com uma nota pessoal. "Tem alguma coisa a mais em que eu possa ajudá-lo agora?" Isso mantém a mente do cliente num contexto positivo.
Seguir essas etapas é decisivo quando estiver fazendo negócios, porque toma pouco tempo para trazer o cliente de volta ou perdê-lo para sempre.

como parar com um hábito

Motivação, reforço, apoio e responsabilidade.
Mudar o comportamento não é apenas uma questão de conhecimento ou de habilidade. Se isso fosse verdadeiro, então todas as campanhas de informação sobre como melhorar a sua saúde teriam feito das doenças relacionadas ao comportamento uma coisa do passado. E informações sobre sexo seguro impediriam a gravidez de adolescentes. Infelizmente, muitas pessoas falham em criar mudanças duradouras nos seus comportamentos, e repetem seus fracassos repetidas vezes em suas vidas. Alguma vez você já tentou parar com um hábito?
As empresas, como as pessoas, sofrem da mesma dificuldade para mudar o seu comportamento. E não é porque elas não saibam como fazê-lo. Existem inúmeros livros sobre desenvolvimento gerencial explicando o que fazer e as metodologias para implementar mudanças. Às vezes, os métodos abordam o desenvolvimento da organização, outras vezes a mudança cultural, mas eles realmente visam a criação de mudanças no comportamento.
O segredo para criar e manter uma verdadeira mudança no comportamento está em conseguir se motivar e permanecer motivado. Algumas pessoas começam mudanças no seu estilo de vida que duram, na melhor das hipóteses, algumas semanas. Nas academias os números de atendimentos em janeiro e fevereiro mostram que as pessoas iniciam o ano muito motivadas, porém logo perdem o entusiasmo. Outras pessoas desejam fazer alguma coisa, mas nunca conseguem a motivação exigida para começar.
Lembre-se do famoso livro da comediante Totie Fields: "Acho que na segunda-feira vou começar a dieta da batata amassada". Ela também conta: "Eu fiz a dieta por duas semanas e tudo que perdi foram as duas semanas".
Pode uma crise motivar a mudança?
A teoria convencional do serviço social sugere que o maior potencial para uma mudança é durante uma crise. Isso parece lógico, visto que durante uma crise, nada é normal, tudo está no ar e, como resultado, é nesse momento que existe a oportunidade para se tomar decisões importantes para o futuro. As empresas geralmente tentam fazer mudanças radicais quando estão enfrentando ruína financeira ou outras catástrofes.
Mas se uma crise tem o maior potencial para a mudança, então porque 90% dos pacientes que sofreram cirurgia nas coronárias falham em fazer mudanças de longo prazo nos seus comportamentos depois da cirurgia? *
Parar com um hábito exige estratégias de motivação de curto e de longo prazo. Quando uma crise é o gatilho que faz alguém querer fazer algo diferente, isso pode ser eficaz apenas no curto prazo.
Esse gatilho de motivação é chamado de Motivação Afastando-se de porque a pessoa ou a empresa está motivada para se afastar de uma situação que ela não quer. Uma pessoa que não pode respirar e se sente doente por causa do cigarro, decide parar de fumar. Alguém que não cabe nas suas roupas pode entrar numa dieta. Uma empresa está enfrentando a chegada de um concorrente com preço mais baixo e começa a procurar custos para cortar. **
Uma Motivação Afastando-se de pode fazer com que você comece! O problema é que a motivação perde força assim que você estiver no caminho. Considere esse exemplo: uma terapeuta minha conhecida tinha um cliente que dizia que seu problema era que ele já tinha sido milionário quatro vezes. A primeira vista, o problema era óbvio. Se ele tinha sido milionário por quatro vezes, isso significava que, no mínimo três vezes, ele havia perdido seus milhões.
A terapeuta descobriu que ele tinha um extremo padrão afastando-se de sobre o seu trabalho. Ele era motivado para se afastar da pobreza. Se ele estava altamente motivado para afastar-se da pobreza, sem dinheiro, ele estava muito motivado. Mas o nível da sua motivação declinava enquanto aumentava sua renda. Quando a pobreza não era mais um problema, ele começava a negligenciar para terminar os trabalhos contratados, ou se esquecia de enviar orçamentos a clientes em perspectiva, ou procrastinar ou não fazer acompanhamento. Enquanto ele estava ameaçado pela pobreza (o que seja que isso significava para ele), ele estava altamente motivado para fazer o que fosse necessário para gerar renda.
Como você permanece na linha depois que diminuir a motivação afastando-se de? Existem algumas maneiras para manter a motivação em alto nível se o gatilho original para a mudança for afastando-se de. Você precisa um constante lembrete de que não quer ser gordo, incapaz, sem saúde, pobre ou sem dinheiro. Isso exige muito trabalho e os efeitos para manter um estado de medo ou de repulsa estão longe de ser saudáveis. A outra opção é agregar a Motivação Afastando-se de a algo que tenha alguma coisa para se mover em direção a.
Visto que a Motivação Afastando-se de só é realmente eficaz por curtos períodos de tempo e a maioria das mudanças de comportamento e de hábitos levam um tempo considerável, você precisa de um mecanismo para manter a motivação. Você também pode fazer isso quando tiver uma meta que quer muito alcançar para substituir o problema que você quer evitar. Essa meta representa aquilo que chamamos de Motivação em Direção a. A Motivação Afastando-se de pode fazer com que você inicie e lhe dá um empurrão. A Motivação em Direção a o atrai cada vez para mais perto do que você quer. Dessa maneira, você consegue o benefício do empurrão de energia para se afastar daquilo que não quer e um puxão de energia que o atrai em direção ao que quer.
Na minha experiência, o problema em ter somente um gatilho de Motivação em Direção a é que se você estiver começando muito longe da sua meta, a ideia de começar é em si mesma desmotivadora. Se a sua meta é correr uma maratona e caminhar rapidamente em volta do seu edifício já lhe tira o fôlego, é mais fácil postergar a corrida para mais tarde. Se você só tiver Motivação em Direção a, sem nada para lhe colocar em ação, você pode procrastinar.
Reforço: hábitos são iguais a correr montanha abaixo
Mas Motivação Afastando-se de e Em Direção a nem sempre são suficientes. Os hábitos, como os cactos, são difíceis de matar. Eles são como água correndo montanha abaixo: nenhum esforço é exigido para se manter um hábito, nem mesmo um ruim. Hábitos são tipicamente rituais que você desempenha sem pensar. Eles são procedimentos com os quais você está psicologicamente comprometido. Algumas vezes eles são como fórmulas pavlovianas de reação estímulo. Senta na cadeira em frente a TV, sente "fome", pega a comida. Senta de novo na cadeira em frente a TV, sente "fome", pega a comida (de novo).
Então esse é o segredo. Um bom sistema é aquele que é mais fácil seguir do que não seguir. Se você quer que alguma coisa se torne um hábito, coloque-a no meio de um procedimento que você faz normalmente. Para se lembrar de tomar a sua vitamina, coloque-a na frente do bule de café, em vez de escondê-la no armário, esperando que você se lembre de tomá-la de manhã.
Eu não consigo salientar bastante a importância de colocar o seu novo comportamento dentro do seu procedimento normal: isso estabelece o seu comprometimento diretamente dentro do que você faz. Quando o seu novo comportamento fizer parte de um procedimento padrão, aquele que você segue sem ter que decidir cada vez, irá descobrir que ele recebe reforços de modo que, gradualmente, se parece como a água correndo montanha abaixo.
O que você vê é o que você obtém
Foi em um projeto de pesquisas sobre parar de fumar, que os pesquisadores descobriram que as pessoas tinham mais sucesso em se tornarem ex-fumantes se pudessem visualizar o estado do qual queriam se afastar e o estado para o qual queriam se mover. Afirmações verbais raramente são suficientemente atraentes para disparar o gatilho e manter a sua motivação.
Mas a visualização não é novidade. As pessoas sabem disso desde o inicial "Poder do Pensamento Positivo". É que somente quando você pode ver tanto o que quer e o que não quer que ela se torna mais real do que meramente dizer algo para você mesmo. Compare a ideia de estar no peso certo ou bem de saúde. É mais fácil imaginar quando você puder se enxergar dentro daquela sua roupa favorita de "magra" ou correr 3 quilômetros sem esforço.
Apoio e responsabilidade
O Dr. Dean Ornish colocou pacientes cardíacos em um programa anual de saúde holística, incluindo parar de fumar, uma dieta vegetariana, ioga, meditação, relaxamento e exercícios aeróbicos. Depois de três anos, 77% dos pacientes tinham preservado suas mudanças no estilo de vida. Embora as mudanças fossem grandes, eles continuaram com o programa. Por quê? Ornish forneceu a eles, duas vezes por semana, um grupo de apoio para ajudá-los a manter a motivação. ***
Na minha empresa Success Strategies, nós consideramos por um tempo o problema de manter a motivação em relação a mudança de comportamento. Embora estivéssemos acostumados a dirigir seminários sobre comunicação para nossos clientes empresariais, nós abandonamos esse tipo de curso. As pessoas adoravam os treinamentos, mas ele raramente fazia diferença no trabalho. A maioria das pessoas não tinha tempo de parar o que estava fazendo e integrar uma nova série de comportamentos quando já estavam lutando para conseguir fazer tudo que era necessário. Claramente, a ideia do dr. Ornish em providenciar um apoio contínuo era fundamental para que os seus pacientes mantivessem suas mudanças em seus rituais diários. Porém, no mundo dos nossos clientes, tempo é um recurso muito escasso. Haveria uma revolta se propuséssemos que todos os nossos participantes fizessem uma revisão duas vezes por semana!
A nossa estratégia é certamente fornecer apoio, mas mais importante, assim que todos estiverem motivados, nós queremos que eles se sintam responsáveis pela implementação de suas mudanças de comportamento. Nós ensinamos às pessoas algumas das habilidades de influência que elas necessitam para o seu trabalho e depois, posteriormente, elas relatam em pequenos grupos os resultados que obtiveram. A abordagem de grupo ajuda a manter as pessoas motivadas a persistirem parcialmente porque elas não querem ficar mal na frente dos seus colegas. Nós nos reunimos pessoalmente ou por telefone em curtas conversas para reforçar a motivação e continuar o aprendizado.
Crenças, valores e quem você é. ****
Se você não acredita que é possível mudar um hábito, nenhuma das estratégias de motivação listadas acima irá funcionar. Procure por um exemplo na sua vida onde você fez uma mudança significativa. Observe que provavelmente todas ou a maioria das estratégias de motivação estavam presentes. Se você pode fazer aquilo, não é possível que você possa fazer isso? Há apenas uma maneira de descobrir, não é?
Quão importante é a mudança para você? Se ela não estiver frequentemente na tela do seu radar, talvez você realmente não se importe o suficiente com ela para fazer a mudança. Por que mudar esse hábito é importante para você? E por que é importante isso?
Que tipo de pessoa acredita que vale a pena insistir nessa mudança que você deseja? É esse o tipo de pessoa que você deseja ser? De que modo você já é assim?
Quando você tiver identificado as crenças, os valores e a identidade que permitem você imaginar que essa mudança de comportamento é realmente possível, mantenha-as dentro do seu coração e permita que, a partir daí, elas tomem o seu lugar, espalhando por todo o seu eu físico, emocional, intelectual e espiritual. Repita isso de manhã e a noite, como parte do seu ritual matinal e noturno até que pareça natural.
Curas milagrosas não são motivação
Uma verdadeira mudança de comportamento é possível quando você tem as estratégias para iniciar e manter a sua motivação, quando você consegue ver o que quer, ter colocado o novo comportamento dentro de um ritual que você já faz, a crença de que é possível, valorizar o novo comportamento e pensar que você é do tipo de pessoa que faz isso.
Não é de se admirar que curas milagrosas não durem.
Anexo: o inventário da sua motivação
Você tem um projeto para mudar um comportamento importante para você?
Abaixo está uma lista com espaços em branco para você ter certeza de que todos os gatilhos da motivação estarão disponíveis.
Afastando-se de: eu não quero ________________________________________.
Em direção a: em vez disso, o que eu quero é ____________________________________.
Consequências negativas: se eu não tiver sucesso, o que irá acontecer que eu não quero? _____
Consequências positivas: quando eu obtiver sucesso, o que eu quero que aconteça? __________
Eu posso enxergar no meu olho da mente um exemplo de cada um dos acima.
Eu coloquei esse novo hábito dentro desse procedimento que eu já faço naturalmente _________.
Eu estou prestando contas regularmente a _______________ para alcançar a minha meta.
Eu acredito que é possível fazer isso porque: ________________________________________.
Eu já obtive sucesso em realizar algo assim na minha vida quando eu ______________________.
Isso é importante para mim porque ________________________________.
O tipo de pessoa que faz isso é ________________________________________________.
Eu sou daquele tipo de pessoa porque _______________________________.

* Citado pelo Dr. Edward Miller, reitor da Escola de Medicina na John Hopkins University.
** Os gatilhos da motivação são amplamente discutidos no meu livro "Words That Change Minds: Mastering the Language of Influence", 1997 publicado pela Kendall/Hunt Publishing Company.
*** O Dr. Dean Ornish, Professor de Medicina na University of California em São Francisco e fundador do Instituto de Pesquisas de Medicina Preventiva, citado por "Change or Die" de Alan Deutschman, maio de 2005.
**** Robert Dilts elaborou os Níveis Neurológicos para indicar onde a pessoa está operando. Os níveis são ambiente, comportamento, capacidade, crenças e valores, identidade e conexão espiritual.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Maioridade penal


O tema é conflituoso porque está cercado de mistificações e conceitos pseudocientíficos, alguns deles solidificados em dogmas que impedem que a discussão ocorra nos seus devidos termos: nem a psicologia, nem a neurologia, nem a sociologia, nem qualquer outro ramo do conhecimento dará uma resposta definitiva para que se estabeleça a idade em que as pessoas devem passar a responder plenamente pelos crimes que cometerem. Esse é um daqueles assuntos que precisam ser debatidos de maneira pragmática, de olho nos efeitos que cada solução pode trazer.
Na base da atual legislação está a ideia de que um adolescente não é capaz de controlar plenamente as suas reações. Isso é verdade. A regra que fixou a maioridade penal aos 18 anos é de 1940. Não acredito nisso! Pois hoje em dia com a avalanche de informação, essa tese vai por terra.
O adolescente é responsável e sabe oque faz! Muitos deles possuem o DNA do mal, pois pé de laranja não dá banana!
A própria legislação brasileira tem marcos conflitantes. Um adolescente de 14 anos tem, por lei, o direito de manter relações sexuais com um adulto sem que isso seja considerado estupro presumido. O início da vida sexual implica profundas transformações psicológicas e afetivas para um jovem; a legislação, entretanto, considera que nesta idade os adolescentes já são capazes de fazer escolhas sozinhos. Aos 16, os jovens podem votar. Mais uma vez, o consenso foi o de que esses adolescentes aptos a decidir o futuro do país - e, portanto, conscientes de suas opções individuais. Então pode responder pelos seus atos, sim!
O problema principal está na estrutura do Brasil, para acolher estes jovens infratores, não há! O Brasil não tem programas de recuperação de drogados e bandidos "de menor" e nem tão puco "de maior".
Mas comecemos a fazer algo, pondo responsabilidade nos ombros desses jovens infratores

Tabela comparativa em diferentes Países:

Idade de Responsabilidade Penal Juvenil e de Adultos

PaísesResponsabilidade Penal JuvenilResponsabilidade Penal de AdultosObservações
Alemanha1418/21De 18 a 21 anos o sistema alemão admite o que se convencionou chamar de sistema de jovens adultos, no qual mesmo após os 18 anos, a depender do estudo do discernimento podem ser aplicadas as regras do Sistema de justiça juvenil. Após os 21 anos a competência é exclusiva da jurisdição penal tradicional.
Argentina1618O Sistema Argentino é Tutelar.
A Lei N° 23.849 e o Art. 75 da Constitución de la Nación Argentina determinam que, a partir dos 16 anos, adolescentes podem ser privados de sua liberdade se cometem delitos e podem ser internados em alcaidías ou penitenciárias.***
Argélia1318Dos 13 aos 16 anos, o adolescente está sujeito a uma sanção educativa e como exceção a uma pena atenuada a depender de uma análise psicossocial. Dos 16 aos 18, há uma responsabilidade especial atenuada.
Áustria1419O Sistema Austríaco prevê até os 19 anos a aplicação da Lei de Justiça Juvenil (JGG). Dos 19 aos 21 anos as penas são atenuadas.
Bélgica16/1816/18O Sistema Belga é tutelar e portanto não admite responsabilidade abaixo dos 18 anos. Porém, a partir dos 16 anos admite-se a revisão da presunção de irresponsabilidade para alguns tipos de delitos, por exemplo os delitos de trânsito, quando o adolescente poderá ser submetido a um regime de penas.
Bolívia1216/18/21O artigo 2° da lei 2026 de 1999 prevê que a responsabilidade de adolescentes incidirá entre os 12 e os 18 anos. Entretanto outro artigo (222) estabelece que a responsabilidade se aplicará a pessoas entre os 12 e 16 anos. Sendo que na faixa etária de 16 a 21 anos serão também aplicadas as normas da legislação.
Brasil1218O Art. 104 do Estatuto da Criança e do Adolescente determina que são penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos às medidas socioeducativas previstas na Lei.***
Bulgária1418-
Canadá1214/18A legislação canadense (Youth Criminal Justice Act/2002) admite que a partir dos 14 anos, nos casos de delitos de extrema gravidade, o adolescente seja julgado pela Justiça comum e venha a receber sanções previstas no Código Criminal, porém estabelece que nenhuma sanção aplicada a um adolescente poderá ser mais severa do que aquela aplicada a um adulto pela prática do mesmo crime.
Colômbia1418A nova lei colombiana 1098 de 2006, regula um sistema de responsabilidade penal de adolescentes a partir dos 14 anos, no entanto a privação de liberdade somente é admitida aos maiores de 16 anos, exceto nos casos de homicídio doloso, seqüestro e extorsão.
Chile14/1618A Lei de Responsabilidade Penal de Adolescentes chilena define um sistema de responsabilidade dos 14 aos 18 anos, sendo que em geral os adolescentes somente são responsáveis a partir dos 16 anos. No caso de um adolescente de 14 anos autor de infração penal a responsabilidade será dos Tribunais de Família.
China14/1618A Lei chinesa admite a responsabilidade de adolescentes de 14 anos nos casos de crimes violentos como homicídios, lesões graves intencionais, estupro, roubo, tráfico de drogas, incêndio, explosão, envenenamento, etc. Nos crimes cometidos sem violências, a responsabilidade somente se dará aos 16 anos.
Costa Rica1218-
Croácia14/1618No regime croata, o adolescente entre 14 e dezesseis anos é considerado Junior minor, não podendo ser submetido a medidas institucionais/correcionais. Estas somente são impostas na faixa de 16 a 18 anos, quando os adolescentes já são considerados Senior Minor.
Dinamarca1515/18-
El Salvador1218-
Escócia8/1616/21Também se adota, como na Alemanha, o sistema de jovens adultos. Até os 21 anos de idade podem ser aplicadas as regras da justiça juvenil.
Eslováquia1518
Eslovênia1418
Espanha1218/21A Espanha também adota um Sistema de Jovens Adultos com a aplicação da Lei Orgânica 5/2000 para a faixa dos 18 aos 21 anos.
Estados Unidos10*12/16Na maioria dos Estados do país, adolescentes com mais de 12 anos podem ser submetidos aos mesmos procedimentos dos adultos, inclusive com a imposição de pena de morte ou prisão perpétua. O país não ratificou a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.
Estônia1317Sistema de Jovens Adultos até os 20 anos de idade.
Equador1218-
Finlândia1518-
França1318Os adolescentes entre 13 e 18 anos gozam de uma presunção relativa de irresponsabilidade penal. Quando demonstrado o discernimento e fixada a pena, nesta faixa de idade (Jeune) haverá uma diminuição obrigatória. Na faixa de idade seguinte (16 a 18) a diminuição fica a critério do juiz.
Grécia1318/21Sistema de jovens adultos dos 18 aos 21 anos, nos mesmos moldes alemães.
Guatemala1318-
Holanda1218-
Honduras1318-
Hungria1418-
Inglaterra e Países de Gales10/15*18/21Embora a idade de início da responsabilidade penal na Inglaterra esteja fixada aos 10 anos, a privação de liberdade somente é admitida após os 15 anos de idade. Isto porque entre 10 e 14 anos existe a categoria Child, e de 14 a 18 Young Person, para a qual há a presunção de plena capacidade e a imposição de penas em quantidade diferenciada das penas aplicadas aos adultos. De 18 a 21 anos, há também atenuação das penas aplicadas.
Irlanda1218A idade de inicio da responsabilidade está fixada aos 12 anos porém a privação de liberdade somente é aplicada a partir dos 15 anos.
Itália1418/21Sistema de Jovens Adultos até 21 anos.
Japão1421A Lei Juvenil Japonesa embora possua uma definição delinqüência juvenil mais ampla que a maioria dos países, fixa a maioridade penal aos 21 anos.
Lituânia1418-
México11**18A idade de inicio da responsabilidade juvenil mexicana é em sua maioria aos 11 anos, porém os estados do país possuem legislações próprias, e o sistema ainda é tutelar.
Nicarágua1318-
Noruega1518-
Países Baixos1218/21Sistema de Jovens Adultos até 21 anos.
Panamá1418-
Paraguai1418A Lei 2.169 define como "adolescente" o indivíduo entre 14 e 17 anos. O Código de La Niñez afirma que os adolescentes são penalmente responsáveis, de acordo com as normas de seu Livro V.***
Peru1218-
Polônia1317/18Sistema de Jovens Adultos até 18 anos.
Portugal1216/21Sistema de Jovens Adultos até 21 anos.
República Dominicana1318-
República Checa1518-
Romênia16/1816/18/21Sistema de Jovens Adultos.
Rússia14*/1614/16A responsabilidade fixada aos 14 anos somente incide na pratica de delitos graves, para os demais delitos, a idade de inicio é aos 16 anos.
Suécia1515/18Sistema de Jovens Adultos até 18 anos.
Suíça7/1515/18Sistema de Jovens Adultos até 18 anos.
Turquia1115Sistema de Jovens Adultos até os 20 anos de idade.
Uruguai1318-
Venezuela12/1418A Lei 5266/98 incide sobre adolescentes de 12 a 18 anos, porém estabelece diferenciações quanto às sanções aplicáveis para as faixas de 12 a 14 e de 14 a 18 anos. Para a primeira, as medidas privativas de liberdade não poderão exceder 2 anos, e para a segunda não será superior a 5 anos.
* Somente para delitos graves.

** Legislações diferenciadas em cada estado.
*** Complemento adicional.


Fontes: