domingo, 1 de janeiro de 2012

Maçonaria sec. 21

Tenho utilizado nos últimos anos, no mês de agosto, este espaço para falar sobre a Maçonaria, em razão de o dia 20 ser o Dia do Maçom. A Maçonaria está entre as instituições mais antigas do mundo. A cada dia aparecem mais informações a seu respeito, que surpreendem até os seus mais dedicados membros. Vem da Idade Média ou mesmo antes, até os nossos dias. A data de seu surgimento ainda não pode ser tratada de forma exata, como também a maioria de suas realizações.
Tem sido muito explorada a sua participação em movimentos sociais e políticos, como na Revolução Francesa, na Independência dos Estados Unidos da América e na História brasileira que vai da Inconfidência à Independência. Ela continua atuando do seu jeito, de forma discreta, por meio dos seus membros, buscando contribuir na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Mas o seu lado menos divulgado será, de acordo com pesquisas, o seu motor no século 21: a formação de homens e mulheres de bons costumes — porque já existe Maçonaria mista. É a transformação de pessoas que têm caráter, potencial — não perfeitas, porque a imperfeição é uma característica do ser humano — em pessoas evoluídas, capazes de colocar os valores espirituais acima dos materiais, que corresponde ao motivo maior da existência desta instituição.
Este pensamento permeia todos os seus atos, é a razão de os maçons se reunirem em um templo. Não se reúnem em um diretório de partido político: o local, a sua crença são para um pensamento universal, de haver homens livres e justos. O maçom não se submete a facções políticas, está sempre lutando pela liberdade. Este fundamento explica por que o mais importante não é sua participação em movimentos de independência, mas sim contribuir para a formação de homens independentes.
O ser é a razão da existência da Maçonaria, e não a disputa pelo poder, como alguns insistem em destacar. No século 15, o Venerável Tomás de Kempis, um cônego regular de Santo Agostinho no Mosteiro de Santa Ana, na Holanda, deixou muitas contribuições sobre a importância do ser sobre o ter, sobre a virtude, que é o valor principal a ser cultivado pelo maçom: “A virtude normalmente se manifesta de fato na adversidade: pois as ocasiões não fazem o homem fraco, mas revelam o que ele é, e a glória do homem virtuoso é o testemunho da boa consciência”.
E diferentemente do que apregoam muitos, a Maçonaria não é uma religião e muito menos tenta afastar seus membros das Igrejas. Pelo contrário, é requisito para participar de seu quadro acreditar em Deus. Mas o julgamento é um ato pessoal, como coloca Kempis, com muita propriedade: “Cada um julga segundo seu interior. Se há alegria neste mundo, é o coração puro que goza”. Quem pensa diferente pode até estar ou ter passado pela instituição, mas não aproveita o que de melhor ela oferece.
A Maçonaria está presente em todos os países. o ABC conta hoje com 67 Lojas Maçônicas e uma Coligação , que acompanham o crescimento do Município, com a missão de tornar o mundo melhor e contribuir com a formação de homens livres e virtuosos. À medida que a cidade cresce, as instituições vão se fortalecendo, ficando mais independentes e mais focadas em alcançar os seus objetivos.