domingo, 1 de janeiro de 2012

Verdade é Relativa

O Relativismo é a filosofia que defende a existência de “várias verdades”. ( A minha, a sua e a verdade verdadeira). Alguém escreveu que quem defende o relativismo acredita sinceramente que está errado, e sabendo do seu erro, procura salvá-lo através da confusão ( meia verdade), pois uma mentira falada 1.000.000 de vezes pode tornar-se verdade.. Defendem esse princípio vestindo-se de uma ilusoria modéstia, afirmando que a sua verdade pode não ser a verdade, MS é melhor ser aceita senão... Aceitar isso é comprar o bilhete de entrada para o erro. O relativismo é tão diverso quanto o pode ser a natureza dos fenômenos a propósito dos quais se exercem os juízos individuais ou coletivos.
O que é a verdade? Quantas vezes já acreditamos em coisas que mais tarde descobrimos serem bem diferentes daquilo que pensávamos? Quantas vezes a "ciência" nos provou por meio de estudos e experimentos "científicos" que certas coisas seriam improváveis e até impossíveis de acontecer e errou?
Por exemplo A Bilblia. Ela não foi escrita por somente um autor (DEUS), trata-se de uma criação coletiva. "A Bíblia é um conjunto de livros escritos por autores variados e, muitas vezes, desconhecidos, escribas judeus, gregos,romanos,moabitas, monges latinos, etc,. Vários livros são resultado de uma produção coletiva ao longo do tempo", diz o cientista da religião João Décio Passos, da PUC-SP. Os especialistas estimam que a produção e reunião de todos os textos que compõem a Bíblia foram feitas ao longo de um período de mais de mil anos, iniciado provavelmente por volta do século 10 a.C. e estendido até o século 3 da era Cristã. A coisa complica de vez, e gera seguidas controvérsias entre os historiadores, quando se tenta identificar com precisão quem foram os responsáveis por determinados trechos da obra sagrada. Um dos grandes problemas é que até o século 2 d.C. era algo bastante comum atribuir, indevidamente, a autoria de vários textos a personagens bíblicos ou a apóstolos de Jesus.
Já existem fortes evidências, por exemplo, de que uma parte das Cartas de Paulo (Atos dos Apóstolos- Novo Testamento) não foi realmente elaborada por esse importante seguidor de Cristo, e sim por escritores ainda totalmente desconhecidos. Independentemente de quem foram os autores dos vários livros que compõem a Bíblia, para a tradição judaico-cristã a obra, mais do que um trabalho humano, é principalmente o resultado de uma inspiração divina. "Acredita-se que esses textos não são apenas fruto da atividade criativa de quem os escreveu, mas também de uma ação de Deus, como prega ainda hoje a tradição católica. Os livros da Bíblia foram escritos por homens, mas são o resultado de uma revelação divina", diz o monge dom João Evangelista Kovas, do Mosteiro de São Bento, em São Paulo. É importante lembrar que boa parte do conteúdo da Bíblia é formada por textos que são considerados sagrados não apenas para os cristãos católicos e protestantes como também para os judeus. Mas não devemos nunca esquecer Primeiro Concílio de Niceia foi um concílio de bispos cristãos reunidos na cidade de Niceia da Bitínia (atualİznikTurquia), pelo imperador romano Constantino I em 325 d.C.. O concílio foi a primeira tentativa de obter um consenso da igreja através de uma assembleiarepresentando toda a cristandade.
O seu principal feito foi o estabelecimento da questão cristológica entre Jesus como o filho dDeus, o Pai; a construção da primeira parte do Credo Niceno; os quatro evangelhos do Novo Testamento,a fixação da data da Páscoa; e a promulgação da lei canônica. Ou seja a formação da Igreja.
No inicio do cristianismo, os evangelhos eram em número de 315, sendo posteriormente reduzidos para 4, no Concílio de Nicéia. Tal número, indica perfeitamente as várias formas de interpretação local das crenças religiosas da orla mediterrânea, acerca da idéia messiânica lançada pelos sacerdotes judeus. Sem dúvida, este fato deve ter levado Irineu a escrever o seguinte: " Há apenas 4 Evangelhos, nem mais um, nem menos um, e que só pessoas de espírito leviano, os ignorantes e os insolentes é que andam falseando a verdade ". Disse isso, mesmo diante dos acontecimentos acima relatados e que eram de conhecimento geral.
Havia então, os Evangelhos dos Naziazenos, dos Judeus, dos Egípcios, dos Ebionistas, o de Pedro, o de Barnabé, Tomé, Magdalena, Felipe e Judas entre outros, 03 dos quais foram queimados, restando apenas os 4 “sorteados” e oficializados no Concílio de Nicéia.
Celso, erudito romano, contemporâneo de Irineu, entre os anos 170 e 180 D.C, disse: "Certos fiéis modificaram o primeiro texto dos Evangelhos, três, quatro e mais vezes, para poder assim subtraí-los às refutações" a assim poder ser aceito pela humanidade que virá depois de nós.
  A verdade é que a verdade está em cada um de nós. Depende de nossas vivências, nosso conhecimento, experiência e bagagem. Cada pessoa possui sua própria verdade, e tudo aquilo em que uma pessoa acredita passa a ser a sua verdade. O que nós não podemos fazer é "parar" no tempo, nos fechar para outras possibilidades e idéias, pois o que hoje acreditamos ser o correto, pode ser provado amanhã o contrário. Na busca intelectual de fatos e verdades, devemos ser honestos com nós mesmos.
     "Devemos ter ciência que a Verdade não é propriedade de ninguém, de nenhuma raça. Nenhum indivíduo pode reclamar sua exclusividade. A Verdade é a natureza simples de todos os seres..." (Swami Vivekananda - Mestre Indu)