sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O Brasil estragou tudo? Eis a questão!


No início dos anos 2009, o Brasil decolava enquanto o mundo amargava uma crise e recebia elogios mundo afora, aliás nunca atendi tantos empresários estrangeiros interessados no Brasil  Com economia estável, o país sofreu pouco durante a crise econômica mundial - registrando crescimento de 7,5% no ano de 2010 enquanto grande parte dos países estavam em recessão. Porém, ao que tudo indica, o crescimento está minguando, segundo a revista britânica "The Economist". Reportagem de 14 páginas, intitulada "Has Brazil Blown it?" (O Brasil estragou tudo?, em tradução livre), questiona se a presidente Dilma Rousseff vai conseguir reiniciar os motores do crescimento. Eu (Denilson Forato) não acredito, mas tudo bem, é minha opinião, existe os mais positivos e otimistas.


A publicação da Revista "The Economist" reitera que, desde 2011, o Brasil conseguiu apenas 2% de crescimento anual e ressalta ainda o descontentamento da população brasileira, apontando as recentes manifestações ocorridas em junho de 2013, contra o alto custo de vida, os serviços públicos deficientes e a ganância e a corrupção dos políticos como impeditivos para um salto maior.



Em 2009, a economia do Brasil também foi matéria de capa. A ascensão econômica foi seguida de um elogioso editorial e de um especial de (também) 14 páginas, afirmando que a inclusão do Brasil, em 2003, no grupo de emergentes Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) havia surpreendido muitos, mas que havia se mostrado acertada, já que o país apresentava um desempenho econômico invejável e era chamado de "bola da vez"!



Na ocasião, a "The Economist" exaltava o desempenho brasileiro, pois as taxas brasileiras superavam as registradas pelos irmãos do Bric. "Ao contrário da China, é uma democracia, ao contrário da Índia, não possui insurgentes, conflitos étnicos, religiosos ou vizinhos hostis. Ao contrário da Rússia, exporta mais que petróleo e armas e trata investidores estrangeiros com respeito.", disse na ocasião.



Enquanto, em 2009, a "escolha" do Rio de Janeiro como sede olímpica em 2016 marcou simbolicamente a entrada do país no cenário mundial, hoje a pergunta da nova edição é outra: Será que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de recuperação ajudarão o país ou simplesmente vão trazer mais dívida?

Eu não acredito que haja saída para o rombo que vem por ai. A copa de 2014 será uma exemplo de dinheiro jogado no ralo, Olimpíada de 2016 nada trará de bom para o Brasil.



Em 2010, as Nações Unidas lançaram um relatório sobre o impacto das Olimpíadas nas cidades-sede. Os números são chocantes. Seul (1988): 15% da população foi desalojada, 48 mil edifícios foram destruídos. Pequim (2008): Um milhão e meio de pessoas foram removidas. Atlanta (1996): 15 mil pessoas removidas. E essas remoções e despejos, na maior parte das vezes, foram feitos de forma violenta e desrespeitando direitos básicos da população.


Além do impacto direto das obras e de como elas são feitas, também há o ponto importante de quem realmente se beneficia com a realização destes eventos. Na África do Sul, por exemplo, muitos homens e mulheres artesãos, comerciantes, vendedores, trabalhadores, etc, acreditaram que poderiam se beneficiar e aumentar um pouco sua renda durante os jogos. Mas não foi assim. Os pequenos comerciantes e artesãos não tiveram acesso aos estádios e arredores. Um perímetro de exclusividade foi criado ao redor dos estádios. Ali, apenas as grandes redes e marcas poderiam comercializar seus produtos. Resultado: quem lucrou foram as grandes empresas, não os sul africanos.
E falando em estádio… hoje, apenas um ano depois da Copa, já se discute na África do Sul a demolição de alguns dos estádios construídos. O custo da manutenção é alto demais, não justifica manter o “elefante branco” em pé.
E o que falar dos gastos? A Copa da África do Sul acabou custando 17 vezes mais do que o previsto inicialmente. Cidades que foram sede de mega eventos se endividaram além de suas capacidades e passaram muitos anos pagando a conta. È o caso de Atenas (2004) e Montreal (1976) que sediaram os Jogos Olímpicos.
Pergunto a você...Aqui será diferente?????