quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Visita ao Palácio do Catete RJ

O Palácio do Catete localiza-se no bairro do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Foi a sede do poder executivo brasileiro de 1897 a 1960. A partir desse ano, a sede do poder executivo foi transferida para a cidade de Brasília. A partir da década de 1970, o palácio passou a abrigar o Museu da República, função que continua a exercendo até hoje.
A edificação foi erguida como residência da família do cafeicultor luso-brasileiro António Clemente Pinto, Barão de Nova Friburgo, na então capital do Império do Brasil. Era denominado Palacete do Largo do Valdetaro, bem como Palácio de Nova Friburgo.
 Com projeto do arquiteto alemão Carl Friedrich Gustav Waehneldt, datado de 1858, os trabalhos tiveram início com a demolição da antiga casa de número 150 da Rua do Catete. A construção terminou oficialmente em 1866, porém as obras de acabamento prosseguiram ainda por mais de uma década.
 Após o falecimento do barão e da baronesa, o filho destes, Antônio Clemente Pinto Filho, o Conde de São Clemente, vendeu o imóvel em 1889, pouco antes da Proclamação da República do Brasil, para um grupo de investidores, que fundou a Companhia Grande Hotel Internacional. Este empreendimento, entretanto, não teve sucesso em transformar o palácio em um hotel de luxo. Devido à crise econômica da virada do século XIX para o XX (encilhamento), o empreendimento veio a falir, sendo os seus títulos adquiridos pelo conselheiro Francisco de Paula Mayrink, que, cinco anos mais tarde, quitou as dívidas junto ao então denominado Banco da República do Brasil.
 À época, a sede do Poder Executivo do Brasil era o Palácio do Itamaraty no Rio de Janeiro. Em 1897, o presidente Prudente de Morais adoeceu e, entrementes, assumiu o governo o vice-presidente, Manuel Vitorino, o qual fez adquirir o palácio e ali fez instalar a sede do governo. Oficialmente, o palácio foi sede do Governo Federal de 24 de fevereiro de 1897 até 1960 quando a capital e o Distrito Federal foram transferidos para Brasília.
 Vários eventos históricos aconteceram nas salas do palácio, tais como a morte do presidente Afonso Pena, em 1909; a assinatura da declaração de guerra contra a Alemanha em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial; a visita e hospedagem do cardeal Pacelli, futuro papa Pio XII, em 1934; a declaração de guerra contra o Eixo, na Segunda Guerra Mundial, em 1942; o suicídio do presidente Getúlio Vargas, em 1954, com um tiro no coração, em seu aposento no terceiro andar do palácio, entre outros.
 O edifício é um dos exemplos da arquitetura neoclássica no país. O edifício se situa em frente a um jardim com lago, gruta e coreto. O terreno do palácio e do jardim é limitado pelas ruas do Catete, Silveira Martins e Praia do Flamengo.

A remodelação do jardim do palácio ficou a cargo do engenheiro Paul Villon. Na construção original, o alto do edifício possuía águias fundidas em ferro. Posteriormente, esses ornamentos foram substituídos por estátuas de musas, representando o verão, o outono, a justiça e outros temas. A partir de 1910, as estátuas foram substituídas por novas águias (harpias), só que agora em bronze, obra do escultor Rodolfo Bernardelli. As antigas esculturas de ferro foram fundidas para a fabricação dos bancos do jardim. A edificação ficou, então, conhecida como Palácio das Águias, denominação raramente utilizada, porém.
Nas dependências do palácio, funcionam, ainda um café, uma livraria e um cinema.