sexta-feira, 19 de julho de 2013

Como reagir ao ódio e à maldade na empresa?

Na floresta corporativa, encontramos nossos próprios monstros da natureza humana. Ódio, maldade, maledicência… para nossa sobrevivência como pessoas e profissionais, é vital reconhecer várias facetas dessa natureza, que nos cercam na nossa vida corporativa. 

“reconhecer os defeitos humanos é uma forma de mostrar como realmente somos e não como uma teoria supõe que sejamos”.

Este ano comemoram-se 200 anos do nascimento do escritor inglês Charles Dickens, autor de clássicos como “Oliver Twist”, “A Christmas Carol” e “David Copperfield”. Em trecho de O homem mal-assombrado (The Haunted Man), última de suas histórias de Natal, a personagem pergunta:“Posso lhe dizer por que me parece uma coisa boa nos lembrarmos das coisas más que nos fizeram?”. Ao que responde, em seguida: “Porque assim ‘talvez’ possamos perdoá-las”.
Vejamos um pouco mais sobre esses sentimentos, comportamentos e atitudes:
ÓDIO
O ódio é considerado o mais universal dos sentimentos. Odiar é entristecer-se com algo que lhe fizeram ao ponto de prejudicar e entristecer o outro. Spinoza, filósofo que mais compreendeu a alma humana, afirmou: “…o ódio não é senão a tristeza acompanhada de uma causa exterior. … aquele que odeia esforça-se por afastar e destruir a coisa que odeia”. Todo ódio, ainda que justificado, é injusto. Você provavelmente sente ódio por algo, e, no trabalho, isso pode ser “mortal”.

MALDADE
A maldade, por sua vez, esta intimamente ligada ao egoísmo. A pessoa má não faz o mal pelo mal, mas apenas pelo seu próprio bem. Isso a torna uma fruta podre na cesta das suas relações. É fácil de ser detectada, não pelo odor, mas pela ação de podridão que causa no entorno.

MALEDICÊNCIA
Os maledicentes são os que se encarregam de anunciar o mal que há no entorno, não para amenizá-lo, mas para propagá-lo. É o marqueteiro da sinceridade maldosa. Caluniar é o prazer da sua existência. Provavelmente é um tipo de pessoa que você conhece bem e procura evitar.

Não existe antídoto específico para sua defesa.
O melhor caminho é agir na direção contrária, com amor, altruísmo, solidariedade, justiça, compromisso e responsabilidade. Não se trata de dar a outra face, não estamos no campo religioso, mas de agir no sentido de espelhar para seu grupo, colegas, subordinados e superiores hierárquicos uma imagem positiva da natureza humana.
São atitudes que prevalecem apoiadas na conduta ética e moral. E, se bem plantadas, acabam vencendo no final.
Importante: talvez você se encontre na pele do lobo depois de um processo de injustiça ou de suposta violência moral provocada pelo grupo. Seu instinto é de raiva e vingança. Não questiono suas razões, mas, acredite, o método agressivo não vai dar certo. Isso é veneno, que lhe consome. Nada lhe trará de volta aquilo que lhe foi tirado emocionalmente. Procure o caminho oposto e verá que seu esforço será recompensado.