segunda-feira, 29 de julho de 2013

TER OU NÃO TER FILHOS; EIS A QUESTÃO



Existe uma terra onde as pessoas põem luto 
quando nasce uma criança e fazem festa quando morre alguém.



Não pretendo dizer que uma criança seja realmente um motivo de luto, mas parece que embora os pais beneficiem da alegria da paternidade, há sempre uma flor de luto a alegrar a chegada da criança, se não, o que explicaria a redução da taxa de natalidade na Europa, Brasil ou mundo?

No filme Idiocracia (sobre o qual postarei uma leitura um dia) apresentou-se o panorama atual da questão de nascimentos e, em jeito de ficção científica (não tão científica assim), uma das suas possíveis conclusões.

 Mostra como as pessoas inteligentes planejam os filhos: primeiro pensam na carreira, depois na segurança do lar e até terem a criança enfastiam-se uma da outra, ou então descobrem que não podem tê-la, só então lhes restam a morte. Resultado: o número de burros e pobres aumenta, porque esses não planejam nada , só se limitam a fazer filhos, e o dos inteligentes decresce. 

Ok!, é certo que não é assim tão linear, na questão burrice, digo eu, porque inteligentes podem fazer burros, assim como burros podem fazer inteligentes, mas isso fica para outro fórum.

Na realidade, o Brasil  os pais não está projetado para ter filhos, o sistema é anti-família e canibal, as pessoas não são mais do que meros gados para o enriquecimento de uma determinada massa. As pessoas são tratadas como investimento econômico, têm que render, têm que dar lucro, razão porque quando não o fazem são olhados de revés e tratados como estorvos  sociais. Ter um filho é uma responsabilidade tremenda, porque um filho, quando muito, só dá lucro emocional, e tudo aqui gira em torno do sistema financeiro, onde a emoção praticamente tem o índice zero de importância. Não querem saber se os pais amam ou não , se  te dão todo o suporte que precisa para aguentar as pressões que te põem em cima, não, isso não interessa, o que interessa é que você e os seus consumam, consumam e consumam, e para continuar a consumir, têm que se submeter às regras de escravidão de uma empresa qualquer que te vai chupar até ao tutano do osso. 


Os governos europeus incentivam o nascimento das crianças, porque a população está a ficar envelhecida, mas será que pensam na questão de envelhecimento como uma ameaça à sobrevivência da humanidade ou como um baixar do lucro? Há aqueles que dão um "incentivos" de uns quantos milhares de euros para aqueles que lhes põem nas estatísticas mais crianças, por exemplo, a Alemanha que estava a dar 25.000 euros por cabeça, o que no fundo, no fundo não passa de uma armadilha.

Uma criança chega ao mundo e é custo a ser cobrada até o dia em que partir, ou seja os tais 25.000 euros ainda acabam antes de ele chegar aos sete anos, depois é conta para os pais pagarem . A creche integral , por exemplo, é mais cara que a faculdade, o adulto faz parte  de produção o bebê não.

 Não era mais fácil e justo que a creche  fosse grátis, visto que não pode pagar por ela?







A paternidade é uma questão muito difícil, porque para viver, ou sobreviver,  95% das pessoas tem que se matar a trabalhar, não dispondo de tempo para os filhos que põem no mundo, o que se traduz no aumento da quantidade dos pais que julgam que comida, roupa e cama é tudo o quanto necessitam de garantir aos filhos para serem bons pais, e o elo emocional é assim tão frágil que quando ficam velhos, os filhos preferem mandá-los ao asilo a  ter sua companhia, em casa enchendo o saco.

Agora, voltando ao primeiro parágrafo, será assim tão estranho fazer luto quando nasce uma criança? Não vejo motivos para festa quando morre uma. Mas o ocidente não ajuda em nada na questão de procriação (não estou a falar do ato, que o isso é muito incentivado, não obstante as advertências de sexo seguro, HIV,etc), porque uma criança, como já dissera, não produz nada, porém, como têm a certeza de que ela vai crescer, ser formada (para perpetuar o sistema) e tornar-se produtiva, apostam nela, mas já os idosos é que não têm essa sorte  e quando um deles morre, chora-se, mas também com uma flor de alívio e de festa.

Estou dizendo para  não terem filhos as pessoas que os queiram ter? Não, não estou!
 Ainda mais que há inúmeros fatores envolvidos que ignorei atendo-me apenas ao sistema técnico-econômico (se me permitem o termo). Estou dizendo que o sistema não está desenhado para ter filhos, ou pelo menos para ter uma família com todas as sete letras, e dificulta imenso essa tarefa, ou seja, precisa de ser trabalhado ou reformulado.

Para se ter filhos, precisa-se estar preparado: Emocionalmente,financeiramente,estruturado e com condições.
Parir...até cachorro pari....o duro é o depois!

Ai cresce! depara com a realidade da miséria e da violência! vai morar na favela, ter contato com bandidos e aos 13 anos está assaltando, para TER algo que não o pais  não pode DAR!

 O que me lembra a piada: se o mundo fosse bom, as crianças não nasciam chorando.