terça-feira, 16 de julho de 2013

Nossa economia está 'decepcionante'!


"Após um crescimento decepcionante em 2012 (0,9%, o menor em três anos), a atividade econômica se recupera, enquanto as pressões inflacionárias se intensificam".
A inflação brasileira ultrapassou em março, no acumulado dos últimos 12 meses, o teto da meta fixada pelo governo, que é de 6,5%.
A meta de inflação do Banco Central é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
"As previsões para os próximos dois anos permanecem acima do centro da meta, de 4,5%".
A organização afirma que o mercado de trabalho aquecido, a expansão vigorosa do crédito e os choques mundiais e internos sobre os preços dos alimentos reforçaram as pressões inflacionárias no Brasil.
Vejo como importante o comprometimento do Banco Central brasileiro em levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%.
"A confirmação desse compromisso por meio de atos reforçaria a confiança em relação à eficácia do sistema de definição das metas de inflação".
 "A mediocridade das perspectivas externas constitui o principal obstáculo a um crescimento mais forte da economia brasileira". Denilson Forato
"Desde o final de 2011, as políticas orçamentária e monetária (do governo brasileiro) apoiam uma retomada progressiva da economia, mas os indicadores a curto prazo levam a entrever grandes incertezas".
Há sinais de retomada dos investimentos no Brasil, mas esse crescimento "pode ser claramente mais hesitante se a confiança nas políticas econômicas se deteriorar".
"Progressos nas reformas em andamento em relação às infraestruturas e à fiscalidade poderiam ampliar os investimentos."
Há critica aos aumentos recentes das tarifas de importação no Brasil, que "deveriam ser temporários", e pede ao governo para "rever a eficácia" desses aumentos como também de algumas medidas de apoio à indústria.
"As medidas que entravam a concorrência das importações são sem dúvida prejudiciais ao crescimento e à produtividade a médio prazo e deveriam ser revistas".

Economia mundial

Há previsão que o PIB mundial deverá crescer 3,1% neste ano (e 4% em 2014), após uma expansão de 3% em 2012.

"Apesar das performances permanecerem decepcionantes, a economia mundial avança, mas com ritmos diferentes"

"Os Estados Unidos deverão provavelmente registrar uma expansão mais rápida do que outras economias (que reúne sobretudo países desenvolvidos). Na zona do euro, o crescimento permanece bloqueado pelos efeitos duráveis da crise".

Há previsão que o PIB dos Estados Unidos deverá crescer 1,9% em 2013 e, o do Japão, 1,6%, enquanto a zona do euro enfrenta recessão, com queda do PIB estimada em 0,6% neste ano.
Segundo a organização, no próximo ano a economia americana poderá crescer 2,8% e a da zona do euro deverá sair da recessão, com crescimento de 1,1% em 2014.

A economia chinesa deverá crescer 7,8% em 2013 e 8,4% em 2014 .

"As perspectivas de crescimento também são divergentes nos países emergentes. A China lidera, enquanto a expansão dos outros é limitada por fatores estruturais, e uma tendência de estagflação (estagnação econômica e inflação persistente) até se manifesta em algumas economias", diz Forato.