segunda-feira, 1 de julho de 2013

O FUTURO DO R-22


O FUTURO DO R-22

O congelamento das importações do gás R-22 começará a causar impacto no segmento de refrigeração já a partir deste ano. E, com isso, o mercado deve estar atento às mudanças e às opções que se apresentam em relação à sua substituição. Confira os tópicos que você precisa saber sobre o tema.

- Como será o consumo do R-22 no Brasil: Até 2015 haverá um corte de 6,6% no consumo atual do R-22, chegando a 35% em 2020. E, como o uso do R-22 é crescente, sobretudo em shopping centers, supermercados e industrias, há possibilidade de falta deste gás PROVAVELMENTE EM 2014. Como o descarte do R-22 na natureza será considerado crime ambiental, o recolhimento e a a reciclagem do R-22 deverá crescer, oferecendo uma alternativa para sua transição. E, paralelamente, novas opções de gases.

Saiba mais com o Cronograma de eliminação do R-22 no Brasil:

Qual será o substituto do R-22 na refrigeração? Novas opções estão surgindo no mercado, mas a tendência aponta para se trabalhar com uma família de produtos, escolhida em função de sua aplicação. Muitos gases não oferecem segurança em sua operação, outros não oferecem uma boa relação de custo X performance, sem mencionar a ocorrência de acidentes em função de utilização de gases falsificados. Para isso, é fundamental ter a garantia da procedência e qualidade destes gases.
Tendência do uso de refrigerantes na Refrigeração Comercial em 10 anos:
Tendência do uso de refrigerantes na Refrigeração Industrial em 10 anos:
Como fazer uma opção de gases ecologicamente corretos? Os gases podem ser medidos em função do seu GWP, ou seja, o potencial de aquecimento global que ele representa. Para alguns exemplos, o R-22 tem o seu GWP em 1840. O CO2, por exemplo, tem o GWP 1.
O que devo fazer em relação aos evaporadores? O evaporador é um dos componentes principais de um sistema de refrigeração. Embora aparentemente seja um dispositivo simples, ele é realmente a parte mais importante da instalação, pois qualquer sistema de refrigeração tem como objetivo retirar calor de uma substância, e esse calor é absorvido pelo fluido refrigerante no evaporador. Portanto, a eficiência e o projeto de um evaporador estão intimamente relacionados com o refrigerante.

Devido o controle das importações de Hidroclorofluorcarbonos - HCFCs e de misturas contendo HCFCs, em atendimento à Decisão XIX/6 do Protocolo de Montreal (Instrução Normativa IBAMA n° 14 de 20/12/12), instalações que utilizam, por exemplo, o R22, deverão se adequar a tal normativa. Instalações recentes tem se optado pelo Retrofit, instalações mais antigas cabe avaliar a viabilidade de substituir a concepção original do projeto por sistemas que utilizam fluidos naturais ou sistema misto (fluidos naturais e sintéticos considerados ambientalmente aceitáveis). É importante verificar, antes de tomar a decisão, se o período de funcionamento do equipamento justifica sua conversão, disponibilidade do produto, custo x benefício, qualificação técnica, etc.

A opção pelo Retrofit é viável e barata para instalações recentes, pois quase todos os componentes são reaproveitados, inclusive o evaporador. Instalações cuja opção se dá pela utilização de fluidos naturais ou sistemas mistos são tratadas como sendo um projeto novo ondenada é reaproveitado, nem os evaporadores, pois estes são projetados diferentemente quando comparados aos fluidos convencionais. Por exemplo: amônia requer que os evaporadores sejam fabricados com tubos de alumínio, aço carbono ou inox, pois o cobre sofre corrosão quando em contato com a amônia. CO2, os circuitos são revisados e os evaporadores e condensadores passam a fazer papel de trocadores de calor projetados para este fluido. Glicol, por sua vez, requer circuitos balanceados em função da carga térmica, velocidades e perdas de carga e potencias disponíveis, substitui-se o distribuidor por um coletor de entrada e a quantidade de circuito é recalculada para manter a velocidade mínima de escoamento. 

Enfim, devido às várias opções de fluidos refrigerantes e indefinições que há no mercado, qualquer alteração a ser feita na instalação os fabricantes dos equipamentos devem ser consultados.