terça-feira, 20 de agosto de 2013

O Capitalismo Selvagem e o Fim do Preconceito, desde que consuma!


Um sistema político-econômico ideal não existe. Tanto o Capitalismo quanto o Socialismo (e seus resquícios) tem vantagens e desvantagens, mas ultimamente estamos sofrendo pesadamente as desvantagens desses dois sistemas, e por mais boa vontade que eu tenha, a situação só tende a piorar. Me desculpem os mais "softs"

Não é mistério que a cada dia o Capitalismo torna-se mais voraz e selvagem (Consumo, logo existo). Sua ação nos antigos países socialistas da Europa Oriental se assemelhou ao ataque de cães raivosos e famintos ao primeiro sinal de alimento após dias de miséria. Ainda falta aparecer um estudo mais transparente sobre isso, que não fale somente de idéias como o fim da História ou algo parecido. Em pouquíssimo tempo, o mundo passou da idéia de uma frágil ordem bipolar          ( URSS x USA) para uma multipolaridade econômica onde prevalece as ordens das grandes empresas internacionais. A China pôde manter ainda o Socialismo internamente, mas não podemos nos iludir, seu crescimento se deve ao Capitalismo aberto (predatório), ao comércio internacional, e a exploração de uma mão-de-obra ridiculamente barata, por não dize escrava que é feio.

Nunca o capital foi ao mesmo tempo tão importante para o planeta mas tão insignificante fisicamente, sendo representado por um número na tela do seu monitor. Não é o capital que circula, e sim filas de números binários em computadores que determinam o sucesso e a falência do indivíduo globalizado. É o Pós-Capitalismo das organizações (para usar o termo cunhado por Peter Druker). Logicamente, esse Capitalismo super-agressivo anda de mãos dadas com a tal da Globalização. Basta vermos que o lado social da Globalização avança rumo a um esquecimento cada vez maior, enquanto a economia de mercado implanta um caos crescente baseado nas novas tecnologias de informação e comunicação. Só o lucro é defendido e cultuado. É só ligar a TV ou Internet e ver a as "piriguetes desmazeladas fazendo sucesso com I-Phone5, ou os encardidos do Funk se mostrando de Camaro Amarelo, ou a s putas de luxo... e vai por ai!

E esse culto cego e animalesco ao lucro está sendo responsável, pelo menos para os meus olhos, na diminuição dos preconceitos morais e raciais existentes na sociedade ocidental. O culto ao dinheiro e o crescimento das grandes empresas pode mudar a longuíssimo prazo com a maneira da sociedade enxergar a raça e o sexo, o conceito negativo das "minorias". Isso sim é surreal.

Suponha que você decida abrir uma empresa e caia nessa jaula de leões que é o mercado atual. Você precisa não só de competência mas também precisa dos melhores funcionários que seu orçamento pode arcar. E você, precisando sobreviver e gerar mais-valia, vai confiar mais na inteligência de um empregado, ou na sua raça? Na inteligência, ou na sexualidade? Se você é um gerente que tem que cumprir metas, vai escolher um funcionário baseado na religião? Ou no sexo? 
Acredito que todos os empresários queiram um funcionário que possa elevar o trabalho e aumentar os lucros e prestígio da companhia, muitas vezes não importando a aparência física ou a estrutura psicológica.

Claro que não é tão simples assim, e muitos ainda preferem escolher pela raça ou sexo. Mas esses, logicamente, não sobreviverão. A aplicação e a conquista do conhecimento nunca foi tão necessária para se manter no mercado de trabalho. É lógico que por questões históricas e financeiras, o número de homens brancos no mercado ainda predomina. Mas é só analisarmos que hoje mais mulheres que homens frequentam as universidades, o homosexualismo não tem nada a ver com dinheiro ou cor e que em um futuro próximo o sistema de cotas universitárias para negros e índios deverá estar implantado no Brasil (com suas vantagens e desvantagens), e a idéia de uma menor desigualdade se configura.

Realmente, não deixa de ser insano constatar que o mesmo causador de uma brutal desigualdade também possa ser o responsável por uma maior igualdade racial e moral. Finalmente, no ápice da selvageria da Globalização, reaparece a talvez óbvia constatação de que o capital (tanto financeiro quanto humano) não tem nem cor, nem sexo. E sim com CONSUMO!

Compre isso ou compre aquilo, mas compre! compre! compre!