sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O certo e o errado do casual day

Uma tendência invade os escritórios: é o casual business, que contém excessos e pode até libertar os executivos da gravata. Saiba como usar sem errar



"Você dá uma mão e logo se quer o braço.” 

O ditado aplica-se a muitas situações, mas no ambiente corporativo ele serviu para, recentemente, exemplificar o uso indiscriminado e inconsequente do código de conduta descontraído das sextas-feiras. O abuso de trajes inadequados para o ambiente corporativo fez algumas empresas recuarem nas regras do famoso casual day. 
Foram feitas pesquisas recentes para averiguar o quanto se abusou e, portanto, o quanto foi preciso cortar as asinhas dos executivos descolados demais. Por conta dos exageros, algumas empresas passaram a incorporar à sexta a mesma rotina dos outros dias da semana, que pede o uso do terno e da gravata. 
O certo: a calça jeans é permitida, desde que acompanhada de blazer, sapato e camisa social
Outras estão trazendo para o Brasil uma tendência, que já foi batizada de casual business.  Esse novo código permite a mistura de estilos, desde que sejam preservados o decoro corporativo e a elegância. Pode-se usar uma calça jeans, por exemplo, se ela for acompanhada de um blazer, uma camisa e um sapato social.
E isso de segunda a sexta, libertando os executivos da gravata.  “É perfeitamente possível estar elegante sem a gravata. Até mesmo com uma camisa polo”.
Busca-se, em alguns lugares, o extremo do figurino clássico, para combater a falta de decoro nos escritórios e se evitar deslizes. O que já está acontecendo é uma opção pelo casual elegante ou casual business, com calça e camisa sociais e sem gravata.
O errado: a calça jeans clara, tênis esportivo e camiseta são terminantemente proibidos
De fato, pesquisas internacionais constataram abusos. Nos Estados Unidos, uma sondagem feita pela Sociedade Americana de Gestão de Recursos Humanos revelou que 60% dos endereços corporativos já não permitem o casual day. E os que permitem estão contratando profissionais para orientar seus funcionários sobre o que se pode e não se pode usar. 
Esse aprimoramento do código de conduta nas empresas pode até vir a ser libertador. Quem usá-lo bem, sem exageros, poderá se beneficiar e se livrar da opressora gravata de segunda a sexta-feira. Esse movimento já é notado, por exemplo, nas corretoras de valores. “Na nossa empresa, não existe a obrigação do uso da gravata. 
“Alguns executivos preferem, mas somos adeptos do casual business. A maioria dos diretores usa terno com camisa e com e sem gravata. O figurino fica a critério do funcionário, porém, claro, dentro do bom senso”. A empresa é taxativa só em relação a duas peças de roupa: “Não permitimos tênis e camisetas.”


O terno e a gravata passam uma imagem de solidez. Em momentos de instabilidade, a roupa pode ajudar a passar uma imagem de seriedade”. Ele acredita que toda vez que o mercado se desestabiliza é preciso resgatar valores. “O homem externa sinais de quem é, como é e o que faz pela roupa
E quando se usa uma bermuda, uma camiseta, está se destruindo essa imagem de seriedade do homem de negócios, construída através do uso do terno.”

Então vai a sugestão: Se você deve usar roupa social, use-á sem dó!
Se você não precisa, tome cuidado com as cores e a moda! Aliás você está trabalhando e não passando férias no Havaí ou Austrália.