terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Lições da Natureza


 
Lições da Natureza
Se um falcão for colocado em um cercado com um metro quadrado inteiramente aberto por cima, o pássaro, apesar de sua incrível habilidade de voar, será um prisioneiro. A razão é que um falcão sempre começa um voo com uma pequena corrida em terra. Sem espaço para correr, nem mesmo tentará voar, nem pular para fora, permanecendo prisioneiro pelo resto da vida nessa cadeia sem teto.
O morcego, criatura notavelmente ágil no ar, não pode sair de um lugar nivelado. Se for colocado em um piso completamente plano, tudo que consegue fazer é andar de forma confusa, dolorosa, procurando alguma ligeira elevação de onde possa se jogar.
Um zangão, se cair em um pote aberto, ficará lá até morrer ou ser removido. Ele não vê a saída no alto, por isso, persiste em tentar sair através dos lados próximos ao fundo. Procurará uma saída onde não existe, até que se destrua completamente, de tanto se atirar contra o fundo do vidro.
Um elefante filhote, se amarrado a um pequeno toco de madeira fincado ao chão, mesmo depois de crescer e se tornar gigantesco e forte, continua preso ao frágil toco. Ele fica apegado à ideia de que é impossível sair dali por conta da lembrança das suas frustradas tentativas quando ainda era filhote.
Há pessoas como o falcão, o morcego e o zangão que se atiram obstinadamente contra os obstáculos, utilizando-se de alternativas com as quais já estão habituadas e familiarizadas sem perceber outras possibilidades de sucesso bem ao seu alcance.
Há também muitas pessoas que, assim como o elefante, ainda não se deram conta de sua própria força, talento e habilidade, por conta de algumas tentativas e experiências que não deram certo no passado.
Nossa capacidade humana para superar obstáculos é infinita! O que está faltando para nos convencermos definitivamente disso?
A observação do comportamento destes animais pode nos ajudar a compreender que tudo não passa de uma questão de perspectiva e autoconhecimento.
Será que estamos sabendo explorar e desenvolver nossos potenciais?
Já ousamos acreditar e experimentar dar o primeiro passo, confiantes e determinados, iniciando aquele projeto tão sonhado?
Será que estamos percebendo todas as possibilidades que existem disponíveis para explorarmos, ou estamos limitados àquela velha forma de ver as coisas? Uma forma de interpretar uma situação, um problema, é apenas uma das formas possíveis de enxergar. E, o pior, pode não ser a nossa própria forma de ver. Pode ser uma ideia ultrapassada que está servindo apenas para interesses alheios.
Resumidamente, minha intenção hoje foi trazer a mensagem de que, no fundo, é só uma questão de conhecermos as nossas forças, nos convencendo do quanto somos capazes e procurarmos sempre ampliar o nosso olhar para as infinitas possibilidades de sucesso que existem.
A cada texto que escrevo fico me perguntando até que ponto ele foi útil para as pessoas, pois é sempre este o objetivo. Fico então na torcida de que tenha sido motivo de reflexão. Neste sentido, finalizo com um pensamento que gosto muito:
“Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos.”
John Locke