sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Vale mais a pena poupar ou investir em si mesmo?

A concorrência no mercado de trabalho está cada vez mais acirrada. Para conquistar espaço, jovens devem dedicar parte da renda à formação profissional.
Para planejar seus investimentos, além de ter seu orçamento organizado, você precisa definir com clareza quais são suas prioridades e objetivos: pretende casar? Quer comprar um imóvel? Prefere primeiramente alavancar sua carreira?

Educação: um investimento para a vida toda

É inevitável pensar em planejamento financeiro sem contar com uma boa fonte de renda. Pensando nisso, as pessoas mais jovens devem ter em mente que investir na carreira nessa fase da vida pode trazer benefícios futuros. O exercício a seguir pode ajudá-lo a definir suas prioridades na hora de investir em si mesmo.

Você é universitário?

Melhorar sua formação educacional não assegura totalmente o sucesso em sua carreira, mas sem dúvida garante subsídios concretos e mais segurança na hora de enfrentar os concorrentes num processo seletivo de qualquer empresa.

Diante da expectativa bastante exigente do mercado de trabalho, os jovens vivenciam um dilema: fazer cursos e se preparar mais para vencer a concorrência, ou formar uma poupança, como uma reserva de emergência, em caso de perda de emprego?

Lembre-se que as empresas estão cada vez mais exigentes e buscam profissionais não somente capacitados, mas atualizados e inovadores. Conhecer o básico da área escolhida para se virar num emprego não é mais suficiente para uma pessoa ser contratada, muito menos para permanecer no cargo.
O mesmo vale na briga por uma recolocação. Ficará muito mais fácil garantir uma nova oportunidade se você estiver preparado profissionalmente, certo?

Mais tempo no mercado?

Agora, verifique o caso de uma pessoa que já possui dez anos de profissão, tem formação universitária, pós-graduação, MBA (Master in Business Administration) e cursos de especialização na sua área.

Neste caso, investir na sua formação, fazendo mais cursos e aprendendo sobre mais áreas, pode deixar de ser uma prioridade, caso a pessoa já tenha conquistado uma estabilidade profissional e financeira.
A partir de certo momento na carreira, os cursos adicionam pouco em termos de empregabilidade e servem mais para satisfação pessoal. Desta forma, é viável que a pessoa opte por poupar a sua renda para a formação de um patrimônio financeiro.

Faça seu planejamento financeiro

Veja na prática como você, no início de carreira, pode planejar o seu aperfeiçoamento profissional, organizando suas finanças.

Vamos a um exemplo: supondo que você receba um salário de R$ 1 mil mensais, caso invista 10% desta renda mensalmente (R$ 100), ao término de cinco meses você já terá juntado R$ 500, desconsiderando os juros, para pagar à vista um curso de extensão curricular.

Dependendo do estágio profissional em que você se encontra, pode valer mais a pena se aprofundar nos estudos e ganhar especialização, e somente mais tarde concentrar em poupança para a realização de outros objetivos, como a compra do carro novo ou a sonhada viagem ao exterior. Também vale a pena aproveitar a vantagem de morar com os pais e não precisar arcar com despesas familiares para investir em você.

Economizar sempre!

Se você optou por investir na sua formação, esteja ciente que esta modalidade também requer muito esforço e disciplina, pois o fato de gastar o seu dinheiro com educação não elimina a necessidade de poupar sempre.

Isso porque, para juntar o dinheiro suficiente para estudar, você terá que abrir mão do consumismo e terá de fazer um planejamento financeiro mês a mês, separando as despesas com contas, mensalidades, alimentação e transporte da parcela destinada ao investimento.

Esteja atento aos gastos excessivos com formação e na escolha dos cursos, principalmente naqueles que rendem pouco retorno no mercado de trabalho. Para tanto, tenha calma na sua seleção e seja bastante criterioso: para não se arrepender por causa de um investimento perdido, converse com quem já estudou na área e nunca deixe de pesquisar sobre as necessidades do mercado de trabalho.

Vale a pena, também, consultar seus sonhos profissionais e conhecer as suas aptidões, já que a pessoa que trabalha com algo satisfatório tem mais chances de progresso.